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Reprodução Humana

Reprodução Humana

A Reprodução Humana é uma especialidade médica que tem por objetivo ajudar casais com dificuldade de conceber, identificando possíveis causas de infertilidade e tratando-as quando possível. Na impossibilidade de tratar a causa, métodos artificiais para auxiliar na fecundação e gestação podem ser oferecidos. A área vem evoluindo muito nos últimos anos possibilitando realizar o sonho de muitos casais.

Na população em geral 20% dos casais tem alguma dificuldade para engravidar, não necessitando necessariamente de tratamentos complexos.

Quanto mais tempo esses casais demoram na procura por recurso médico mais prejudicado fica o seu diagnóstico, perdendo progressivamente a sua capacidade reprodutiva, tendo que lidar com a dificuldade de engravidar e com a complexidade do tratamento necessário.

As mudanças sociais e profissionais têm levado pessoas a serem menos preocupadas com sua saúde e com seu corpo. O embate diário em busca de realizações pessoais e profissionais levam ao sedentarismo, baixa qualidade de vida, alimentação inadequada e obesidade. A vida ao ar livre se restringe e a atividade física se concentra em academias. Os relacionamentos nesta fase de ascensão social e profissional tendem a ser efêmeros e superficiais. Isso tudo leva uma parcela dos casais a decidirem tardiamente por ter filhos. Hoje em dia vemos com normalidade casais decidirem ter filhos em idades acima de 30-35 anos.

Porém a natureza e a biologia não acompanharam nosso desenvolvimento social e profissional. Sabemos que existe um timer biológico instalado no ovário e que após os 31 anos de idade, de modo geral, a capacidade reprodutiva da mulher inicia um processo de involução. Tal processo se acentua aos 35 anos e torna-se acelerado dos 39 anos em diante até a menopausa quando não mais pode conceber.

Nos homens este processo se dá de modo mais lento, podendo se estender por décadas e eventualmente nunca levar a chamada andropausa. Mesmo assim, estudos sugerem que após os 40 anos ocorrem uma redução gradativa da produção de testosterona e piora na qualidade espermática com aumento dos riscos de síndromes genéticas e aborto.


Técnicas para Fertilização:

Coito Natural

Consiste na estimulação da ovulação com hormônios (gonadotrofinas), acompanhamento ultrassonográfico do desenvolvimento folicular e orientação para os dias de relação natural em casa no período ovulatório.

A estimulação ovariana através de hormônios, segundo diversos estudos publicados, não aumenta a incidência de cânceres e nem antecipa a menopausa.




 





Inseminação Intra-Úterina

É um processo de estimulação da ovulação com gonadotrofinas e controle ultrassonográfico, no dia da ovulação o espermatozoide é coletado no laboratório, realizada uma capacitação espermática. A paciente é submetida a um exame ginecológico e o sêmen preparado é introduzido no útero através de um cateter.




 






Fertilização in Vitro

É o estágio mais completo da Reprodução Humana. É realizado através de uma estimulação ovariana para a coleta entre 12 a 18 óvulos em média. A fertilização dos óvulos ocorre no laboratório com o sêmen capacitado. Os embriões ficam por 5 dias no laboratório e são transferidos após esse período direto para o útero da paciente. São transferidos 2 blastocistos (embrião de 5º dia).



 



 


Preservação da Fertilidade (Congelamento de Óvulos)

Com a evolução da sociedade moderna e a entrada da mulher no mercado de trabalho houve uma protelação do desejo de gravidez, sendo especialmente após os 35 anos de idade. O problema é que as mulheres nascem com um estoque finito, limitado de óvulos que envelhecem e vão acabando. Aos 35 anos a grande maioria das mulheres possuem apenas 10% da reserva ovariana original. É muito importante nesta idade à realização de um exame de sangue chamado hormônio anti-mulleriano que nos mostra a reserva ovariana (quantidade de óvulos restantes) para avaliarmos a possibilidade de postergar a maternidade ou a necessidade de criopreservação.

A criopreservação (congelamento de óvulos) é um recurso muito utilizado para as pacientes com baixa reserva ovariana e que não desejam a maternidade imediata.

Outra razão para o congelamento de óvulos (criopreservação) é para preservar a fertilidade de pacientes a serem submetidos a tratamento de câncer ou uso de quimioterapia ou radioterapia. A criopreservação pode ser de óvulos ou de espermatozoides para preservação da fertilidade.

Algumas modalidades de quimioterapia e a radioterapia sobre órgãos reprodutivos pode levar a esterilidade (incapacidade de produzir óvulos ou espermatozoides) e, portanto, a infertilidade.

A incidência de câncer em pacientes entre 35 e 45 anos aumentou ao longo dos anos e as pessoas passaram a adiar os planos de maternidade. Esta combinação vem elevando o numero de casos de pacientes com câncer e ainda com desejo de procriar. Esta situação levou a necessidade de se desenvolver programas específicos para a preservação de fertilidade em pacientes oncológicos. Esquemas ultrarrápidos de indução de ovulação, captação de óvulos e congelamento já estão bem estabelecidos para este grupo de pacientes, mesmo quando frente a tumores hormônio sensíveis como cânceres de mama e endométrio. A segurança oncológica destes métodos já está bem estabelecida e eles não atrasam o início do tratamento do câncer. Isto permite ao paciente sobrevivente do câncer manter sua capacidade de procriar.

Outro ponto é a lei que permite, na impossibilidade de usar seu próprio útero, a utilização de útero de outra pessoa para gerar seu filho através de “doação temporária de útero” (doação de útero ou útero de substituição). Para tanto reza a lei que a “doadora” seja parente de 1º ou 2º grau, porém o Conselho de Medicina permite em condições especiais “doadora” não pertencente à família desde que não haja caráter lucrativo envolvido.


Estudo Genético Pré-Implantacional

É indicado em pacientes com idade avançada, doenças hereditárias ligadas ao sexo, história de má formação genética em gestação anterior, abortos de repetição sem causa aparente e casais que tenham alterações no cariótipo.

Este exame é uma biópsia realizada no embrião na fase de blastocisto e estudo genético dos 23 pares de cromossomos mais os cromossomos sexuais, para assim termos certeza que o embrião a ser transferido para o útero é geneticamente saudável.

Em casos de mutações genéticas deletérias o casal pode realizar aconselhamento genético e, se definido o risco pelo geneticista e devidamente orientado por ele, optar por realizar fertilização in vitro com estudo genético. Síndromes como a do “X Frágil”, hemofilias graves, casais com mutações balanceadas que geram embriões incompatíveis com a vida (o que leva a abortos de repetição) podem se beneficiar deste método.

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