A relação entre a conectividade e o bem-estar
O mundo moderno abriu diversos canais para que a atividade profissional seja exercida. Temos o home office, o co-working, o celular, as redes sociais.... A conectividade jogou o mundo corporativo para dentro das casas e no centro do núcleo familiar. Atualmente, ele se insere na relação entre pais e filhos, amigos e até nas férias. Passou a ser um constante companheiro e uma interferência ingrata em vários momentos que seriam de lazer e descontração. O que deveria vir como um facilitador se transformou em um invasor indesejável. O corpo e a mente padecem na ausência de atividades lúdicas e recreativas.
Elas são necessárias para aliviar as tensões e pressões do dia a dia, além de ativar os laços familiares e entre amigos. O ser humano é sociável e afeito ao contato com as pessoas. São esses contatos que ajustam nosso centro e dão o equilíbrio necessário para seguirmos adiante com paz de espírito. Precisamos conversar e desabafar com quem nos quer bem. Sem isso, a nossa sanidade é colocada à prova, gerando desconforto e podendo levar à depressão e transtornos de ordem psiquiátrica. A conectividade com o trabalho vem interferindo em nossas relações pessoais invadindo-as e corroendo-as de dentro para fora. Estamos perdendo a base que nos dá o equilíbrio e a força, nos tornando máquinas de resolver problemas.
Precisamos realinhar as necessidades profissionais com as pessoais. Conseguir um tempo livre de qualidade sem celular ou acesso a qualquer outra rede. Precisamos parar, conversar, ouvir... Aquela reunião precisa mesmo ser às 18h? Temos que falar com alguém na hora do almoço? Aquele dado de que você precisa tem que ser no domingo ou pode esperar pela segundafeira? Se todos pensarmos no bem do próximo e no quanto estamos incomodando ao lançar mão da conectividade, trataremos melhor do corpo e da mente. Fica aí a reflexão para todos nós: onde queremos ir? De que forma queremos chegar? Qual é o objetivo maior da vida? Pense bem...
“Estamos perdendo a base que nos dá o equilíbrio e a força, nos tornando máquinas de resolver problemas. Precisamos realinhar as necessidades profissionais com as pessoais. Conseguir um tempo livre de qualidade sem celular ou rede social”
Novas prioridades
Pesquisa da empresa de consultoria e auditoria Grant Thornton Brasil e Culture for Performance, especializada em projetos de cultura organizacional, apontou que conectividade digital e bem-estar dos funcionários são algumas das novas prioridades para as empresas após o advindo da pandemia da Covid-19.
Transtornos mentais
O uso exagerado dos dispositivos pode aumentar a ansiedade e favorecer o desenvolvimento de transtornos mentais. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, existe o risco de as pessoas desenvolverem a nomofobia, que é o medo de ficar desconectado