A displasia mamária, também chamada de alteração fibrocística benigna, é um problema ainda pouco conhecido e que envolve uma série de alterações da mama que levam à fibrose (espécie de cicatriz interna) e a formação de cistos. É sabido que se trata de uma alteração mais comum no início ou no final da vida menstrual da mulher. Muitas pacientes têm dúvidas se a displasia mamária pode acabar virando um câncer. Esclarecendo, então, a questão: fique tranquila, pois isso não acontece.
O câncer de mama apresenta um nódulo endurecido, irregular, não doloroso. Por meio de exames e mamografia é possível ver uma massa sólida e microcalcificações. A causa da displasia também ainda é desconhecida e os sintomas mais comuns estão relacionados à dor na mama, principalmente próximo ao período da menstruação, áreas da mama mais endurecidas, aglomerados císticos, fluxo que sai pela papila, especialmente quando se aperta a auréola e o mamilo, podendo ser amarelado, esverdeado, marrom, preto e, eventualmente, azulado. Percebe-se ainda o endurecimento na parte da mama próxima à axila. Também pode ser detectada uma área de maior densidade, porém que não chega a formar um nódulo. Ainda não há um tratamento totalmente eficaz.
O que se aconselha para tentar evitar o problema é a retirada de algumas substâncias da alimentação, como cafeína e xantina (encontrada no vinho tinto e chocolate), além de evitar o tabagismo. Algumas medicações fitoterápicas e polivitamínicos podem ser usados para amenizar os sintomas, mas a melhora de fato vai vir apenas com a menopausa, quando a mama passa por um processo de atrofia por causa da auséncia de hormónios sexuais femininos. Consequentemente, a doença vai se estabilizando e regredindo. Não se desespere, no entanto, fique
Exames importantes
A displasia mamária benigna raramente vira câncer, contudo, qualquer mulher apresenta risco de desenvolver câncer por outros motivos. Por isso, é importante realizar a mamografia a partir dos 40 anos e a ultrassonografia mamária em qualquer idade, caso note alguma nodulação na mama ou sintomas como dor, vermelhidão ou saída de secreção.
Período de maior risco
O problema geralmente ocorre após a adolescência, sendo mais frequente em mulheres que não têm filhos. Durante a amamentação, ela melhora e pode ocorrer na menopausa, principalmente se a mulher não estiver realizando reposição hormonal.
Dr. Alexandre Pupo Nogueira
CRM 84414
Coluna: Ana Maria