O que é parto Prematuro?
É considerado parto prematuro aquele que ocorre antes de 37 semanas e um dia. Pode ser um prematuro extremo, abaixo de 28 semanas ou um prematuro tardio, que é acima de 34. Primeiro, temos que pensar a partir de que momento de gestação que um bebê se nascer tem condições de sobreviver naquele hospital, em linhas gerais, consideramos viável bebês que tenham ao menos 26 semanas. Outro marco é que acima de 31 semanas e com ao menos 1kg de peso nos serviços de excelência em parto, com UTI neonatal, as chances de sobrevivência beiram os 100%. Outro parâmetro são as 34 semanas, porque acima deste período sabemos que o bebê tem boas condições de sobreviver sem complexas ações dos neonatologistas.
O que aumenta o risco para parte prematuro: a idade materna mais elevada (em especial acima dos 35 anos); as doenças relacionadas à gravidez - diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial no final da gestação), infecção urinária não devidamente tratada; malformações uterinas, entre outras.
Os vasos sanguíneos cerebrais de um prematuro extremo são muito finos. Pode ocorrer durante o parto o rompimento destes vasos causando um derrame. Para diminuir as chances, existe um corticóide que auxilia no amadurecimento do pulmão do bebê para que consiga respirar fora do útero. Além disso, em condições extremas é feita a sulfatação que leva a uma proteção neurológica da criança. O nascimento do recém-nascido deve ser tomado muito cuidado para não comprimir o polo cefálico, então as incisões tendem a ser mais amplas e é imprescindível que a equipe de apoio com neonatologista e enfermeira e com vaga em UTI neonatal estejam presentes com qualidade.
Com os prematuros extremos é importante também manter o calor nas UTis neonatais, pois estas crianças perdem o calor muito rápido pela imaturidade da pele. É necessário um suporte nutricional e de fisioterapeutas. Acima de 31 semanas, a complexidade diminui, pois há um risco menor de hemorragia intracraniana e de alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e um pulmão mais amadurecido.
Fonte: Dr. Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e Hospital Albert Einstein (@alexandrepuponogueira)