O tratamento da infertilidade é uma tentativa de solução para casais que desejam ter filhos, mas que não conseguem engravidar espontaneamente. É indicado após o tempo de espera adequado de tentativas de gravidez espontânea. É muito importante que esse tratamento seja feito com um aconselhamento honesto, pois pode gerar muitas expectativas e também frustrações.
O casal deve ter em vista que, mesmo com os tratamentos de reprodução de alta tecnologia, para as mulheres acima de 35 anos o índice de sucesso é menor.
Os principais tipos de tratamento são:
- Fertilização In Vitro (FIV);
- Indução da Ovulação;
- Inseminação Intrauterina;
- Transferência Intratubária de gametas;
- ICSI.
Fertilização In Vitro (FIV):
Também conhecida por “bebê de proveta”, é um procedimento no qual vários óvulos são removidos por aspiração folicular, e são colocados juntamente com os espermatozoides do parceiro (ou doador). Cada óvulo é inserido em meio de cultura que contém cerca de 40.000 espermatozoides capacitados. A fecundação ocorre espontaneamente.
É indicado para casais que já tentaram outros métodos ou para aqueles que têm impossibilidade de obter uma gravidez por métodos naturais ou assistidos. Apresenta 60% a 70% de índice de sucesso.
Indução da Ovulação:
Tem o objetivo de estimular o ovário a produzir um óvulo na época fértil, e orienta o casal a ter relações nessa época. É necessário o monitoramento da resposta dos ovários, para que não haja mais de um folículo maduro ou uma hiperestimulação dos ovários.
É indicado para mulheres que apresentam distúrbios na ovulação, e em casos de ovários policísticos. Também é considerada uma fase da Fertilização in vitro e da Inseminação Intrauterina.
Inseminação Intrauterina:
É um dos tipos da reprodução assistida. Consiste na injeção de espermatozoides vivos dentro do útero, geralmente 36 horas após a ovulação. Pode ser utilizada em casos de distúrbios da ovulação, de muco cervical hostil e endometriose leve (sem obstrução das trompas). É recomendada quando a causa da infertilidade é indeterminada. Apresenta uma taxa de 60% de chance de gravidez, após três ciclos.
Transferência Intratubária de Gametas:
Consiste na inserção conjunta de gametas masculinos e femininos dentro das tubas uterinas. É indicada para distúrbios da ovulação, muco cervical hostil, endometriose leve e infertilidade sem causas determinadas. Apresenta melhor resultado, cerca de 50% por ciclo de tratamento. Entretanto, por ter um custo financeiro comparável ao da fertilização in vitro, esse último é mais recomendado.
ICSI:
É a injeção introcitoplasmática de espermatozoide. É realizado por meio de uma injeção de um espermatozoide dentro de um óvulo por meio de micromanipulação. Os espermatozoides são obtidos por meio da coleta natural, aspiração do epidídimo ou extração dos testículos. Tem 60% de êxito em mulheres com menos de 35 anos. Essa técnica permite esperança para homens que nunca teriam a possibilidade de ter filhos. É uma variação da fertilização in vitro.
Antes da realização do tratamento da infertilidade, é possível realizar uma análise dos cromossomos, ou mesmo de uma fração dos genes por meio da técnica de diagnóstico genético pré-implantacional. Nesse método, é possível identificar doenças hereditárias e evitar o desenvolvimento da célula causadora.
Todo procedimento deve ser orientado e indicado por um especialista em Reprodução Humana.
Fonte: Gineco